O aumento da demanda por imóveis, a queda na taxa de juros, diminuição da oferta e preços estáveis nos últimos anos são indicadores de uma recuperação do setor. Se você pensa em investir, o momento é agora.
Consultores, sindicatos e investidores preveem que o mercado estará mais favorável para quem busca alugar ou vender, e que os preços subam ligeiramente no decorrer do ano. A expectativa do mercado é que o estoque de imóveis ociosos diminua ao longo do ano, provocando alta nos preços. Visto que o ritmo da construção de novos empreendimentos caiu nos últimos três anos por causa da crise econômica, o mercado espera que a alta demanda pressione o valor dos imóveis antes que a oferta cresça novamente. O valor do aluguel de imóveis residenciais teve alta de 0,35% em janeiro, representando a maior alta mensal desde fevereiro de 2015, segundo o índice Fipezap. O resultado superou a inflação do mesmo período, que foi de 0,29%. A rentabilidade dos aluguéis – retorno médio que um proprietário teria com a locação de seu imóvel em 12 meses – manteve-se em 4,3% ao longo de 2017. É importante lembrar que este indicador não considera possíveis ganhos com a valorização decorrente do aumento no preço dos imóveis no período. A boa notícia é que foi a primeira vez que o índice teve estabilidade por um ano desde 2009. João da Rocha Lima Júnior, coordenador do Núcleo de Pesquisas em Real Estate da Escola Politécnica da USP, diz que o cenário é favorável para investidores nos próximos dois anos, isto porque os aluguéis estão baseados em preços ainda reprimidos. “É razoável imaginar que, levemente em 2018 e mais fortemente em 2019, a demanda seja restabelecida com a retomada da economia”, diz o professor. “Já começo a perceber uma recuperação, e o indicador disso é a procura por terrenos para incorporar”, diz o vice-presidente do Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), Odair Senra.
O imóvel mais adequado para investir varia de acordo com a cidade, a forma de investimento e o perfil do investidor. Em São Paulo, a maioria deles tem enfoque no aluguel de apartamentos com menos de 70m², em prédios com áreas de lazer, academia, piscina e churrasqueira. Outra notícia positiva é a valorização dos edifícios corporativos em 2018. “Os preços de imóveis de escritório estão reprimidos a ponto de não ser conveniente construir. Essa oferta vai se esgotar”, afirma Lima Júnior. Flávio Amary, presidente do sindicato das empresas de habitação (Secovi-SP), diz que a maior demanda e oferta está no mercado de dois dormitórios e área de até 50m², mas isso não quer dizer que os outros segmentos não sejam vantajosos. Uma coisa é certa: agora é o momento de investir, seja para comprar e vender, complementar renda com locação ou diversificar investimentos.
Fonte: Estadão