Com rentabilidade praticamente garantida, imóvel ainda é um dos patrimônios mais seguros para se adquirir em tempos de crise econômica

Não obstante de sofrer com uma das maiores altas da taxa básica de juros, a Selic dos últimos anos, o mercado imobiliário ainda se mantém aquecido – principalmente em decorrência de seu produto basal, o imóvel, que, em períodos de crise, se configura como um investimento rentável e muito seguro.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) divulgou que o IPCA, que mede a inflação oficial do país, acumula alta de 11,3% nos últimos 12 meses; indo na maré contrária do Índice Geral do Mercado Imobiliário (IGMI-R/ABECIP), que aponta uma valorização de 17,43% nos preços dos imóveis.

“Isso quer dizer que, para quem investe em imóveis, o retorno financeiro supera em mais de 6% a inflação do país”, afirma Sidney Penna, um dos sócios-diretores da Buriti.  Além do retorno que supera a alta inflação, a história mostra que, com o tempo, a tendência é que o imóvel seja valorizado, seja ele casa, apartamento, lote ou terreno.

“É um patrimônio com boa lucratividade a médio e longo prazo, baixos riscos e ainda com possibilidade rentável através do aluguel. Um estudo da ABRAINC mostra que a rentabilidade anual com imóveis foi de 15,3%, enquanto aplicações no CDB renderam 9,8% em média por ano entre 2009 e 2019”, informa Sidney Penna.

Apesar do aumento dos juros impactar no financiamento, as oscilações em decorrência de crises financeiras ainda são consideravelmente menores do que os ativos de renda variável. Esses últimos sofrem com a volatilidade, sem qualquer garantia ou previsão a respeito do retorno que pode ser obtido.

“Por esse motivo, em anos de crise econômica, é aconselhável investir em renda fixa – como um imóvel – quando se tem um montante para esse fim. Os preços dos imóveis são menos afetados e, portanto, garantem maior proteção contra a inflação”, complementa Moisés Carvalho, também sócio-diretor da Buriti.