Devido à seca e ao período de estiagem que acontece entre maio e outubro, as queimadas nos biomas brasileiros tornam-se mais suscetíveis, principalmente na região amazônica. “Ocasionada naturalmente ou intencionalmente, o fato é que o incêndio florestal traz vários prejuízos para a biodiversidade e consequências graves para a população”, conta Sidney Penna, sócio proprietário da Buriti.
Em 2019, por exemplo, o Brasil terminou o ano com 318 mil km² de área florestal consumidas pelo fogo, quase o dobro do registrado em 2018, de acordo com o Programa de Queimadas, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A área queimada em 2019 é equivalente a 44,5 milhões de campos de futebol, e é quase 10% maior que a soma dos territórios dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O total atingido pelo fogo ano passado é o terceiro maior da década, atrás apenas de 2012 (391 mil km²) e 2015 (354 mil km²).
Além do perigo do próprio fogo, a fumaça é um dos agentes mais prejudiciais para a saúde de crianças e idosos, visto que pode atuar como agente irritante de vias aéreas, reduzindo a função pulmonar e podendo agravar doenças pré-existentes. “Neste período em que se atravessa uma pandemia que pode acarretar problemas respiratórios graves e em que hospitais estão lotados, a situação é ainda mais grave”, afirma Moisés Carvalho, também sócio proprietário da Buriti.
Como ajudar a prevenir
Considerando que a queimada pode ser causada também de forma espontânea, ela pode ser evitada quando alguns cuidados são tomados, principalmente por parte dos cidadãos. “Visto que qualquer fonte de calor em contato com a vegetação seca pode queimar e causar um incêndio, limpar o terreno e retirar todo o entulho do local já é uma grande contribuição”, cita Sidney Penna.
Outra medida preventiva é fazer o aceiro do terreno, ou seja, controlar o crescimento da vegetação, para evitar a passagem do fogo. Bitucas de cigarro podem ocasionar graves incêndios, e, sendo assim, é primordial que se certifique que a bituca está realmente apagada. Materiais como vidro ou plástico também podem causar acidentes – o vidro pode filtrar a luz do sol e iniciar uma combustão em folhagens secas, e o plástico pode entrar em combustão com o excesso de exposição ao calor –, portanto o lixo não deve nunca ser jogado em locais inapropriados e tampouco incinerado, sob nenhuma circunstância.
Como denunciar
A queimada urbana ou rural, até mesmo o simples ato de queimar folhas no quintal, é irregularidade prevista no artigo 34 da Lei de Contravenções. Provocar incêndio, colocando em risco a vida, integridade física ou o patrimônio de outras pessoas, é crime estabelecido no artigo 250 do Código Penal. O autor pode receber pena de reclusão de três a seis anos, além de multa.
Sendo assim, é necessário mobilizar a população a denunciar caso presencie alguém fazendo queimada ou caso seja afetada pelo incêndio. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) do seu Estado, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente.
O Disque Denúncia 181 é outro canal para delatar casos de crimes ambientais anonimamente e de forma segura, e ainda é possível ir até a delegacia de polícia mais próxima e registrar Boletim de Ocorrência.
A Buriti Empreendimentos, comprometida com o meio ambiente e com a qualidade de vida dos seus clientes, condena veementemente a queimada ocasionada propositalmente. “Incentivamos que os nossos clientes denunciem tais práticas ilegais ligadas ao incêndio. Não podemos deixar ilesos os responsáveis por situação de tamanha gravidade”, declara Moisés Carvalho.
A empresa reitera também que cuida constantemente dos loteamentos sob sua incumbência, roçando com frequência para evitar o crescimento exacerbado da vegetação. Entretanto, considerando que os loteamentos abertos são entregues para a Prefeitura Municipal após a conclusão das obras, é de responsabilidade do poder municipal fazer a manutenção deste loteamento, o que inclui o roço contínuo para evitar alastramento das queimadas.