Mercado imobiliário reaquecido: A oficialização

O mercado imobiliário já dava sinais claros de retomada. A queda da taxa SELIC pela metade vem anunciando o reaquecimento do mercado e o fim da insegurança dos investidores. Os bancos estão diminuindo suas taxas de financiamento. A inflação enfim deu trégua e a renda variável ficou ainda mais interessante.

A retomada dos lançamentos de imóveis já havia sido sentida aqui no URBE.ME há algum tempo. O mercado de incorporação e construção requer planejamento longo e a quantidade de empreendimentos com solicitação de captação pela plataforma aumentava a cada mês. Mas essa semana virou oficial para todos: a mais tradicional instituição de financiamento de imóveis do país anunciou mudanças para o setor. Depois de 17 longos meses com taxas congeladas, a Caixa diminuiu de 10,25% para 9% ao ano as taxas para compra de imóveis pelo Sistema Financeiro Habitacional* (SFH). *Estão enquadrados no SFH imóveis de até R$ 800 mil, ou R$ 950 mil nos estados de SP, RJ, MG e no DF. Para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que abrange imóveis com valores acima daqueles do SFH, as taxas também recuaram: de 11,25% para 10% ao ano.

Isso só em relação às taxas de financiamento. O banco também fez mudanças em relação ao percentual máximo de financiamento. Antes era possível financiar até 50% do imóvel. Um percentual baixo, que fez com que muitas pessoas não se aventurassem no sonho da casa própria com medo de não poderem honrar as suas dívidas. Além de tudo, o banco informou que já possui R$ 82,1 bilhões para o crédito na aquisição de imóveis ainda em 2018. Nós sabemos que o brasileiro adora imóveis, e agora, com o financiamento chegando a até 70% do valor do imóvel, a quantidade de pessoas interessadas na compra aumenta (e muito). Isso quer dizer que você deve comprar um imóvel financiado? Não necessariamente.

*De qualquer forma, se você ainda está na dúvida sobre isso, nós fizemos uma calculadora que compara a compra de um imóvel à vista ou financiado.

Caso você não esteja familiarizado, os investidores do URBE.ME são remunerados de acordo com as vendas das unidades dos imóveis, mais especificamente sobre um percentual do Valor Geral de Venda, o VGV. Desta forma, o investidor recebe sobre o valor de venda praticado pelo mercado, o que é muito mais justo. Caso os rendimentos fossem atrelados ao lucro da incorporadora, o investidor, que não tem relação com a execução do projeto, teria que arcar com eventuais falhas e ineficiências de gestão. E uma dúvida muito comum é sobre a segurança do investimento, já que com um mercado supostamente “desaquecido” e “inseguro”, há um enorme risco de que as vendas não ocorram. No caso de as vendas não ocorrerem e o rendimento projetado não se confirmar, a incorporadora parceira garante, por contrato, uma rentabilidade mínima atrelada a um percentual do CDI. Todos estes detalhes são expostos no momento em que o investidor realiza a reserva do investimento. O cenário atual do mercado, com redução de taxas e consequente aumento do acesso ao crédito mostra o otimismo tanto do mercado e das instituições financeiras, quanto dos investidores em relação aos imóveis. Isso significa novos lançamentos e o fim do medo de imóveis estocados. Se você está pensando em diversificar os seus investimentos, talvez seja a hora de considerar entrar no mercado imobiliário ainda no início da onda de crescimento, como já foi muito bem apresentado pelo especialista Márcio Fenelon.

Fonte: https://moneytimes.com.br