5 dicas para organizar sua vida financeira e atingir seus sonhos e objetivos

Ter uma vida financeira equilibrada pode parecer uma meta distante, mas com clareza e foco nos resultados pode se tornar mais fácil que se imagina

Entra ano e sai ano e a promessa de ter uma vida financeira mais equilibrada sempre surge nas incontáveis listas de metas de um novo ciclo. É comum que quem não se propõe uma virada de chave logo nos primeiros dias de janeiro procrastine ainda mais esse objetivo e veja mais uma vez os meses passarem sem nenhuma evolução nas finanças, julgado que tudo já está perdido.

No entanto, o mais importante que quando começar é tomar a decisão de começar e dar o ponta pé inicial. É o que mostra a planejadora financeira Flávia Barreto, Co-Fundadora da LAVI – Planejamento Financeiro e Gestão de Investimentos (@lavibroficial), de Goiânia. “É importante fazer um mapeamento de se onde está e traçar metas reais para que a pessoa não se desmotive ao longo do caminho. Imprevistos são passiveis de acontecer e quanto mais clareza o indivíduo tiver da sua situação, mais fácil será revisar os objetivos e buscar novas alternativas”.

A convite da Buriti Empreendimentos, Flávia, separou cinco dicas de como organizar as finanças ainda esse ano de forma leve e descomplicada. Veja a seguir:

1 – FAÇA UM DIAGNÓSTICO DA SUA VIDA FINANCEIRA

Todo plano de ação deve ter um ponto de partida, sem entender realmente como está sua situação atual, nenhuma estratégia vai te fazer sair do lugar.  Veja o passo-a-passo de como começar:

Fazendo o diagnóstico:

  • Quanto eu ganho? Esses ganhos são fixos (todo mês tenho a mesma renda) ou são variáveis? Se são variáveis, pegue a média dos últimos cinco meses. Lembre-se de somar ao seu salário todos os benefícios que você recebe;
  • Quais são meus gastos comprometidos? Liste-os. Gastos fixos são todos aqueles com: habitação, alimentação do dia a dia, transporte, dependentes, saúde, educação e manutenção. São todos aqueles gastos presentes no seu dia-a-dia;
  • Quais são seus gastos flexíveis? Liste-os. Estes são os gastos com a qualidade de vida, como: lazer, alimentação do final de semana, bares e restaurantes, gastos pessoais, serviços de streaming (Netflix, Spotify, entre outros) e vestuário.

2 – TRACE SEUS OBJETIVOS

Entenda quais são seus objetivos. Investir em um imóvel próprio?  Trocar de carro a cada cinco anos? Se casar daqui a dois anos? Viajar todo ano? Liste todos estes objetivos e coloque prazos e valores. Seja realista.

Depois, calcule quanto você precisa poupar mensalmente para atingi-los. Se esse valor mensal estiver acima das suas possibilidades, priorize o que é mais importante, e deixe o restante para os próximos anos.

Atenção: Se você estiver com dívidas, nesse tópico seu objetivo deve ser quitá-las para depois traçar outros objetivos.

3 – PLANEJE SEU ORÇAMENTO

Vamos combinar, só ficar anotando gastos não vai te levar a lugar nenhum, certo? Você só vai saber o quanto já gastou. Vamos planejar os gastos. Coloque um limite de gastos para cada categoria, só assim você toma controle da sua carteira. Corte o que não for prioritário. E aqui vai o segredo para você conseguir atingir seus objetivos: diminua os gastos do dia a dia, ou seja, seu padrão de vida. Não são estes gastos que te trazem mais felicidade, e sim os gastos com a qualidade de vida, ou seja, lazer, viagens, seus objetivos e sonhos.

O ideal é que seus gastos comprometidos fiquem em até 35% da sua receita. Os gastos flexíveis e aqueles gastos para atingir seus objetivos, devem ficar em até 45%.  Ajustes feitos, planejamento pronto, anote seus gastos semanalmente. E não ao final do mês, assim você consegue ir ajustando para não sair do planejado.

4 – POUPE PARA SUA APOSENTADORIA

Sabemos que não devemos contar com a previdência pública para nos aposentar, certo? Além de não termos muitas garantias sobre ela, ela será insuficiente para manutenção da sua qualidade de vida, afinal das contas, você vai querer viver bem, e não só sobreviver, certo? Então comece. Quanto mais cedo você começar, mais concreto fica. Poupe uma quantia todo mês, se possível de 10% a 20% da sua receita. E, o mais importante, tenha disciplina com o compromisso de ter uma vida tranquila no futuro. Aqui o segredo é: disciplina e tempo.

Antes de investir para a aposentadoria, construa sua reserva de emergências. Acredite, ela é essencial e vai te salvar em vários momentos. O ideal é que ela seja de 6 a 12 vezes o seu salário. Quanto maior sua variável de risco, como: renda variável, dependentes, doença grave, mais próximo do 12 vezes.

5 – INVISTA

Ao investir, nós temos uma vantagem enorme que se chama juros compostos. Esses juros nada mais são que seu dinheiro rendendo todo mês em cima do capital que você investiu mais os juros que foram rendendo. Complicado? Não se preocupe, vou dar um exemplo:  Igor está poupando R$500 todo mês, e fará isso por 20 anos. Já Luísa além de poupar, está investindo o mesmo valor todo mês, pelo mesmo período de tempo. Levando em conta a taxa básica de juros atual, ao final de 20 anos, cada um deles terá:

Igor: R$ 120.000,00

Luísa: R$ 502.700,00

Consegue ver a diferença? É a mágica dos Juros Compostos. Quando você investe, o valor de juros que você recebe é bem maior do que o valor que você poupou, quando temos um prazo longo pela frente. Então, comece o quanto antes e tenha disciplina.