Saiba como usar o fundo imobiliário

Nove em cada dez pessoas sonham em ter a casa própria, mas a realidade mostra que as prestações são caras e nem sempre há reserva suficiente para dar entrada em um financiamento. Se esse é o seu caso ainda existe uma forma de investir em um imóvel com valor bem inferior ao apartamento dos sonhos: o fundo imobiliário.

O que é?

O fundo imobiliário funciona da seguinte forma: você não tem dinheiro para dar uma entrada em um apartamento ou pagar um financiamento. Mas tem um valor, ainda que pequeno, guardado na poupança ou reservou o seu décimo terceiro.

Com esse dinheiro você pode procurar um gestor que irá reunir um grupo de pessoas na mesma situação que a sua. Esse profissional vai procurar no mercado um bom imóvel e dividi-lo em cotas, que vai gerar uma renda mensal com o aluguel.

O gestor Sérgio Belleza Filho explica que o profissional que vai cuidar do fundo imobiliário tem que ser habilitado e filiado a uma instituição financeira. “É preciso que o investidor tenha em mente que precisa da assessoria de quem entende do assunto para analisar as oportunidades que o mercado oferece. Existem cotas de R$ 100,00, mas algumas instituições financeiras colocam um patamar mínimo de R$10.000,00”, explica.

Em qual imóvel posso investir?

Na maioria das vezes, o fundo imobiliário investe em um imóvel que gere uma renda frequente para quem fez a aplicação. Shopping centers, escritórios bancários e instalações ou galpões industriais são mais comuns.

“Sozinhos nós somos pequenos, mas um grupo de investidores pode comprar um imóvel valorizado e ter um inquilino vantajoso, como um banco, por exemplo. Como as pessoas não tem tempo nem experiência para fazer bons negócios é importante procurar uma instituição financeira para cuidar do dinheiro”, explica Belleza.

Após a aquisição do imóvel, o fundo vai obter uma renda, que pode ser por meio de locação, venda ou arrendamento. Esses rendimentos são repassados periodicamente aos seus investidores.

Vantagens e desvantagens

O fundo imobiliário não permite o resgate das cotas antes do prazo determinado de sua duração. Na maior parte dos casos, não é estabelecida uma data para seu término. Caso a pessoa decida sair do investimento, ela terá que vender suas cotas no mercado secundário.

O vilão do investimento é o juro alto, quando a taxa sobe, as cotações caem, alerta Belezza. Outros percalços que podem aparecer no caminho é a desvalorização do imóvel e a inadimplência, neste último caso, se o imóvel tiver apenas um inquilino e ele atrasar o pagamento do aluguel.

Fonte: Zap Imóveis