Inflação desacelera e lotes podem ficar mais baratos para os compradores

IGP-M registra menor taxa no acumulado de 12 meses desde fevereiro de 2018

O primeiro trimestre de 2023 fechou com boa notícia para quem esperava pela melhor hora para investir na compra de um lote. Isso porque o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usado para reajustar grande parte das taxas contratuais do setor imobiliário, atingiu o menor patamar no acumulado de 12 meses desde fevereiro de 2018. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador foi de apenas 0,05%. Com o resultado, registrou alta de 0,20% no ano e de 0,17% em 12 meses. Para se ter uma ideia da melhora em relação ao ano anterior, em março de 2022, por exemplo, o IGP-M tinha avançado 1,74%, com alta acumulada de 14,77% em 12 meses. Uma diferença enorme e que pode ter pesado bastante no bolso de quem pagava por um financiamento. Tendo como base o início de ano com taxas mais baixas, o Presidente da Associação das Empresas Loteadoras do Tocantins (AELO-TO), Pablo Castelhano, se diz otimista com o mercado. “Quando você compra um terreno a prazo, o financiamento é reajustado em cima da taxa de juros pré- fixada no contrato somada à inflação. Ou seja, quando o IGP-M está em alta, o reajuste das parcelas tende a ser maior e isso desmotiva o comprador. Como o ano começou com desaceleração do índice, a gente prevê um
aquecimento na procura por lotes”, explica o presidente. O diretor regional (filial Tocantins) da Buriti Empreendimentos, Adriano Lacerda, concorda que os juros são sempre o maior medo de quem pensa em comprar um terreno. “Poucas pessoas conseguem pagar pelo sonho do lote próprio à vista e quando as taxas de juros começam a cair, os compradores têm mais confiança na hora de fechar negócio, porque sabem que o valor das parcelas não vai ficar tão alto”, conta o diretor.